Hoje dia 21 de junho de 2011, uma terça-feira, eu estou como em outros 21 anos comemorando (comemorando não, eu detesto isso) meu nascimento. Como não gosto de festejos e nem sou afeito a muitos parabéns, resolvi compartilhar com vocês aquilo que me faz feliz. Queria parabenizá-los por visitar meu blog, ler alguns dos meus posts, comentar em outros, meu maior desejo é falar alguma coisa que seja necessária, que seja verdadeira, que não tenha compromisso com coisa alguma, mas, que seja percebida em cada coisa tratada em nosso cotidiano.
Detesto comemorar aniversário porque ainda não existo. Tento ser gerado todos os dias, mas sou sugado pela vida besta, pela insignificância, pelos sorrisos, me envolvo nas coisas naturais e simples da vida acreditando que vou poder explorar os mais variados sentimentos e condicioná-los aos meus serviços. Não existo porque não sei o que escrever, e não saber o que escrever me imprime um selo de inexistência.
Embora me sinta uma mera ilusão, as pessoas (meus amigos) conseguem me ver ainda que eu mesmo tenha dificuldade. Confesso que em alguns momentos o fato de me ver através dos olhos dos poucos que me amam, me emociona ao ponto de me fazer possível, existente, verdadeiro. Meu grande dilema hoje é saber que só existo porque meus amigos me transformam em algo real, sem vocês eu sou meramente o silêncio que insiste em pairar pela superfície do lago imaginando que algum dia conquistará o direito de ver o próprio reflexo.
Hoje eu acredito que a forma mais clara de não existir, é não ter amigos. Quando falo de amigos não me refiro à sombra, me refiro a alguém de personalidade firme, sorriso indistinto, sono durante uma longa conversa, palavrões grotescos, receio de magoar, coragem para pedir perdão e de mais coragem ainda para dizer que ama. Eu tenho certeza que sou o reflexo nos olhos dos que me amam, e permito que meus olhos reflitam aquilo que percebo de mais humano (quer seja feio ou bonito) naqueles que amo.
Um grande abraço para todos meus amigos e um beijo para todas minhas amigas! Obrigado, por me ajudarem a existir.
Ps: Débora, obrigado por me ensinar que o Amor, é a vontade dissimulada de viver.
0 comments:
Postar um comentário