09 julho, 2012

Pensamentos ao Relento! III


Amor e trabalho são os pilares das coisas que faço. Tem gente que coloca mais ênfase em um ou em outro, para mim os dois são fundamentais se estiver bem nos dois, estou bem. Não acho felicidade algo difícil de conquistar, geralmente as pessoas acham que para ser feliz é preciso realizar todos os nossos desejos, o que é impossível. Você nunca vai conseguir isso, sempre vai estar querendo mais. Pra mim felicidade é a coisa do equilíbrio mesmo, de você buscar o que quer e desfrutar o que tem. Quando você consegue trabalhar no que quer e gosta, e tem ao lado uma pessoa que realmente é importante para você, é maravilhoso, mas felicidade não é um momento especifico. Você pode estar brigado com a pessoa que você gosta e estar atravessando um momento ruim no trabalho, mas você sabe que aquelas coisas são mais ou menos estáveis e importantes na sua vida. Porém isto não vai evitar que tenha momentos de depressão.

Tem uma coisa que aprendi com a maturidade: quando você é jovem, é muito impetuoso, quer tudo ao mesmo tempo e acaba não conseguindo se aprofundar em nada, se você se prende a alguma coisa, logo acha que esta perdendo um montão de outras, ai fica querendo liberdade, não quer uma pessoa só porque acha que vai estar perdendo a outra. Enfim, você trata tudo de forma muito superficial, em consequência, você se trata também muito superficialmente. Para mim a ideia de felicidade inclui se dedicar mesmo a alguma coisa, é mais se dar valor do que dar valor às coisas, por isso acho o relacionamento a dois muito importante. Tenho como exemplo o meu relacionamento com a Débora, que é completo, pois não é só a nível pessoal, é profissional também. Por exemplo, é ela quem da orientação estética e visual a ele. A Débora contribui mesmo e não se importa com comentários do tipo "você esta vivendo a vida dele", porque ela tem a vida dela, de modelo, de produtora de moda. Por outro lado ela quer organizar a casa, ver o marido bem, administrar a vida do casal, coisas que as mulheres não estão se permitindo mais com essa historia de liberação, não estou adotando nenhuma posição machista, é que essas coisas elas fazem muito melhor que os homens.

Esses dias uma amiga me perguntou: "quer dizer que você acha legal a mulher viver só para seu homem?" Eu respondi: "Claro, mas desde que ela queira, a opção é individual". Acho que é possível se ter um meio-termo, isto é, ter uma vida independente e ao mesmo tempo voltada para o casal. Nós temos uma relação superintensa, diferente das que normalmente os casais têm, se uma coisa não da certo para mim, não da certo para ela também, às vezes ela se importa mais do que eu, ela se toca com coisas minhas que passam a ser dela também, ela esta vivendo comigo tão intensamente que tem todo direto de participar disso. Eu nunca imaginaria que viveria uma relação tão forte com alguém, achava que uma relação tinha de ser uma coisa separada da vida profissional, por exemplo, e a Débora me mostrou outra coisa, assim como a ideia que eu tinha sobre o casamento de papel passado e tudo, já que eu dizia que eu nunca ia ser besta de cometer essa "loucura". Hoje chego à conclusão que morar junto, todo mundo mora, assim como namorar, transar... Já casar é superdifícil e confesso que nunca tinha pensado nisso dessa forma. Acho que hoje é preciso ser meio herói para amar, para segurar uma relação (a rotina e a convivência diária com uma mesma pessoa). O que sei é que casando, mesmo que eu me separe da Débora daqui a um tempo (tudo pode acontecer na vida das pessoas, né?), ela vai ficar para mim como algo super especial. Eu sou uma pessoa muito difícil para se conviver, ambos temos personalidade forte e atitudes diferentes, tem horas que dá maior confusão. O que é preciso é saber se adaptar ao outro, perceber de verdade que o outro não é a pessoa dos seus sonhos, por que se for, vai ser muito chato, ai, nada te ameaça, não há crescimento. Sinto que mudei muito por estar ao lado dela e ela ao meu, também.