23 setembro, 2010

Valorize realmente o seu voto. Vote NULO!


A imoralidade reinante na esfera política convida o eleitor a anular o voto nas eleições que se aproximam. O voto para presidente e governador, porém, é imprescindível. O Brasil não pode ficar acéfalo. Para legislar e controlar o governo basta o Senado. Os deputados são descartáveis. Ao escolher somente senadores e descartar os deputados, o eleitor estará prestando um relevante serviço a si próprio, à sua família e à nação brasileira. Extrairá um dos cancros que minam o organismo político brasileiro.

Comparecer às urnas e recusar todos os candidatos a deputado federal constitui dever cívico e exercício do direito dos cidadãos ao voto negativo. A recusa do eleitor implicará a extinção da Câmara dos Deputados. Atenderá a um imperativo ético e político. O "abre-te sésamo" pronunciado por Roberto Jefferson inundou de luz o covil dos ladrões e tornou inadiável uma reforma estrutural, cuja iniciativa cabe ao eleitor no pleito deste ano.

A solução não está nos EUA ou na Europa, na teoria ou na imitação.
Basta de macaquices. A experiência vivida pelo povo brasileiro desde os primórdios da República mostra a artificialidade do sistema bicameral em nosso País. A Câmara serve apenas para retardar e complicar o processo legislativo e proporcionar ganhos indevidos a uma corja de velhacos.

A simples troca de pessoas não remove a corrupção. Novos atores, novos corruptos, velha safadeza. A sucessão de quadrilhas na cúpula da República deixa isso evidente: a quadrilha de Fernando Collor, inteligente e pouco esperta; a de Fernando Henrique, muito inteligente e esperta; a de Luiz Inácio, muito esperta e pouco inteligente. A solução não é trocar os habitantes da caverna descoberta por Ali Baba e sim explodir a caverna para não ser mais utilizada pelos bandidos.

A Câmara dos Deputados, no decorrer da sua história, tem se revelado abrigo de bandidos, arena de pistoleiros, bolsa de negociatas, circo de desordeiros. Assistindo às sessões plenárias ou das comissões, o público testemunha condutas indecorosas, a falta de seriedade, o deboche, as piadas, brincadeiras e expressões corporais indecentes e inoportunas. Pessoas bem educadas, de bom caráter, preparadas para a elevada função de legislar são escassa minoria. Avultam os salafrários e os mequetrefes.


A maioria do povo brasileiro jamais esteve, de fato, ali representada. Deputado atua em nível politiqueiro. Com aura de santidade ou de simulada indignação, voz postada, visual caprichado, gestos estudados, o finório desfralda a bandeira da ética, defende ações positivas e aborda temas do agrado e do interesse do povo. A encenação é grande o suficiente para impressionar e enganar os eleitores.

A função legislativa exige pessoa de alto nível moral, intelectual e profissional, aferido a partir do padrão médio da população. No Brasil, os biltres ditam as leis. O modo excessivamente restrito de interpretar a lei reduz a vida pregressa do candidato à presunção de inocência, o que permite o acesso da escória aos mais elevados cargos da República.


A Justiça Eleitoral, enquanto não houver sentença penal condenatória transitada em julgado, considera de vida pregressa limpa e imaculada o candidato indiciado, ou denunciado, por roubo, assassinato, fraude e outros delitos, espancador de mulher e filhos, devedor de pensão alimentícia ou renunciante a mandato anterior para fugir da cassação. Confunde-se presunção de inocência para efeitos penais com vida pregressa para fins sociais e políticos. O resultado é essa desgraça que todos vemos com nitidez e escândalo nos dias atuais.

Para votar em candidato a deputado federal o eleitor digno e honesto terá de aceitar o papel de otário, vestir a camisa de idiota e pintar a cara de palhaço, porque estará preservando um antro de corrupção e lá colocando a súcia de malandros que desvia dinheiro público, que negocia o voto de apoio a projetos prejudiciais à nação brasileira, que manipula o orçamento público para auferir vantagens indevidas e assim por diante.

Os principais princípios básicos da DEMOCRACIA, ou melhor, "Os primeiros mandamentos", esquecidos pela classe política Brasileira são:

-Todo poder emana do povo, e este poder é para servir o povo, (O poder vem do povo, para o beneficio desse povo).

-Sempre prevalecerá a vontade da maioria desse povo.

E lembrem-se:

1º As Leis não são Imutáveis.
2º Não votar é um direito. Ser obrigado a votar é ditadura!