20 janeiro, 2024

Janeiro branco, stress, música e a saúde mental.

Em 25 de fevereiro de 1989, antes de eu nascer e as pessoas falarem sobre saúde mental e síndrome de pânico em horário nobre, uma cantora lançava o single ザ・ストレス (Za Sutoresu), ou The Stress. Era Chisato Moritaka, na época com apenas 20 aninhos.

Ela seguia a lógica pop das gravadoras de fórmula de sucesso para um público jovem (que também acaba atingindo veio babão). Um pacote completo, meio lolita sexy. Mas tinha uma diferença muito importante: The Stress e várias outras músicas que ela lançou foram compostas... por ela mesma. Sim: por trás desse rostinho bonito se encontra uma compositora competente, multi-instrumentista.

Na época que compôs The Stress, Moritaka já era famosa. Em 1986, ganhou um concurso da bebida Pocari Sweat (tipo Gatorade) e em troca se transformou no rosto publicitário deles, com todo um investimento de marketing em campanhas publicitárias. Em 1987, apareceu em um filme, lançou um single, fez um show. E em 1988 lançou o single e o álbum que traziam sua primeira composição própria lançada comercialmente: The Mi-Ha. Que alias tem um clipe ótimo!

Mi-ha é uma gíria para alguém desmiolado e imaturo, geralmente menina. Na letra, Moritaka fala para o cara que explica que um outro não vai mais sair com ela que... tá tudo bem. Afinal, ela não leva as coisas muito a sério, ela é só uma mi-ha e a ideia de um romance tradicional a entedia, entre outras coisas que não convém agora, mas estremece padrões japoneses (risos).

Eis que chega a hora dela fazer sua primeira grande turnê, já que tinha ficado claro que ela ia se dedicar à carreira de cantora. Mas no meio dos ensaios, ela passou mal, teve dores abdominais, foi parar no médico.

Diagnóstico: stress. A semana que passou internada a inspirou a compor The Stress.
De janeiro a março de 1989, ela circulou por 9 cidades japonesas com a turnê Watch. No meio da turnê, portanto, saiu o single de The Stress.

Isso é uma das pérolas pop japonesas mais influentes: o uniforme de garçonete ficou tão marcado que Moritaka o usa quando se apresenta até hoje. A coreografia sempre acompanha e é a mesma como você pode ver em seu Instagram.

A música é bem simples e direta: ela fica repetindo “o stress, o stress”, que é esse “sutoresu ga” e ai ela diz que todo mundo tá incomodando, que stress não faz bem para o planeta, stress não faz bem para uma mulher, stress não faz bem para a sua motivação, “alguém me salve” e tals. Tem uma hora que ela diz, em uma ponte, que “mesmo que eu sempre me esqueça basta olhar ao redor e ver que nada é o que parece.” Ah, o stress!

O estresse é normal e todos o vivenciam em resposta a situações consideradas ameaçadoras ou perigosas. Quando você está estressado, seu corpo responde produzindo reações físicas e mentais. Essas respostas ao estresse podem ser positivas, mantendo você alerta ao perigo, motivado ou adaptável a novas situações.

O estresse em si não é uma doença, mas quando você o vivencia com frequência, aumenta o risco de problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, psicose e problemas de uso de substâncias. Como no caso da cantora que acabou internada.

O estresse causa alterações no corpo que podem variar de leves a graves. Os sintomas podem ser cognitivos, físicos, emocionais ou comportamentais. Quando sob estresse, o sistema nervoso autônomo do seu corpo assume o controle. Este sistema regula a função dos órgãos internos, como coração, estômago e intestinos.

Os seus músculos ficam tensos, há um aumento da frequência cardíaca e da respiração, a memória de curto prazo torna-se mais eficaz e prepara o corpo para 'lutar ou fugir' quando sente perigo. A intensidade ou frequência do estresse pode ser boa ou ruim. Em pequenas doses, pode melhorar as habilidades de raciocínio e ajudá-lo a lidar com situações em que você precisa ter um bom desempenho, como durante um exame. Também pode melhorar sua capacidade de pensar por conta própria, como descobrir uma maneira de resolver um problema na hora.

O estresse de longo prazo apresenta sinais e sintomas que você pode identificar para ajudá-lo a controlá-lo. Alguns mais comuns incluem:

Sentir-se sobrecarregado; Ansiedade e inquietação; Sentir-se desesperado e deprimido; Ataques de pânico; Falta de autoconfiança; Incapacidade de tomar decisões; Atitude indiferente em relação à família e às responsabilidades; Mudanças de humor; Perda de apetite e dificuldade para dormir; Mudança no desejo sexual; Desmotivado e sem foco; Retraimento social; Bebendo demais; Níveis reduzidos de desempenho e produtividade.

Você pode sentir estresse quando:

Há pressão ou ameaça ao seu bem-estar com poucos ou nenhum recurso para combater o problema; Você não tem uma rede de sistema de suporte instalada; Você passa por grandes mudanças em sua vida, como perder um ente querido, emprego ou uma mudança de ambiente; Você não consegue dormir à noite; Você está com a saúde física debilitada; Você acha difícil controlar suas emoções.

Tá, mas você pode me perguntar:
“Luciano, como vou prevenir ou tratar isso?”

Bem, diferentes gatilhos causam estresse. Identificar o seu gatilho tornará mais fácil desenvolver maneiras personalizadas de lidar com o estresse ou experimentar várias maneiras de gerenciar sua saúde mental.

Aqui estão algumas abordagens básicas:

Praticar exercícios regularmente. O exercício diário produz hormônios que aliviam o estresse e melhoram sua saúde física e mental.

Envolva-se em hobbies que você goste. Definir intencionalmente um tempo para fazer algo que você gosta pode ajudar a relaxar e aumentar sua saúde mental geral.

Alimentação saudável. Quando você ingere alimentos saudáveis, você reduz os gatilhos do estresse e estabiliza seu humor... Os efeitos a longo prazo (cerca de quatro horas) da cafeína são a depressão. O café pode deixá-lo mais alerta por cerca de uma hora, mas depois você obtém uma reação oposta. A cafeína tende a aumentar a liberação de insulina no sangue e a insulina reduz o nível de açúcar no sangue. Quando você tem níveis baixos de açúcar no sangue, você começa a se sentir menos seguro de si mesmo e a ter níveis baixos de energia, o que pode levar à tristeza ou à depressão.
O açúcar pode lhe dar uma onda inicial de energia, mas dentro de uma hora ou mais o nível de açúcar no sangue pode ficar baixo e, quando está baixo, você também pode se sentir baixo. É fácil ser pego no ciclo da cafeína e do açúcar – tomar café, refrigerantes com cafeína ou algo com açúcar a cada duas horas ou mais para "ficar acordado". Por exemplo, a coca contém cerca de 10 colheres de chá de açúcar mais cafeína, o que equivale a cerca de meia xícara de café. Além de trazer tristeza, esse ciclo pode resultar em dependência, má nutrição e obesidade - motivos para se sentir mais triste.

Pratique técnicas de relaxamento. Adote uma técnica que funcione para você, como meditação, ioga, respiração profunda ou massagem, para controlar seus níveis de estresse.

Gerencie e priorize tarefas. Para evitar o estresse, considere estabelecer um sistema em que você resolva primeiro as tarefas mais importantes e, gradualmente, trabalhe nas de menor importância.

E uma das principais... Tenha um sistema de suporte! Estenda a mão para outras pessoas. Participar de grupos de apoio ou programas de controle do estresse, consultar um profissional de saúde ou conversar com um amigo ajuda.

Falei um pouco sobre isso no meu outro blog numa serie sobre Lamentações. Se colocar no lugar do outro ajuda a entender, falar as vezes é tudo que a pessoa precisa...

Tem um blues que gosto onde o cantor diz:

"Se você está mal e se sente realmente ferido
Venha para o lugar onde eu trabalho
E toda sua solidão vou tentar acalmar
Eu vou tocar o blues pra você

Não tenha medo entrar em
Você pode encontrar alguns de seus velhos amigos
Toda a sua solidão eu tenho que acalmar
Eu vou tocar o blues pra você

Eu não tenho grande nome e não sou uma grande estrela
Eu toco o blues para você na minha guitarra
Toda a sua solidão vou tentar acalmar
Eu vou tocar blues para você"

Conheça seus gatilhos. Identifique os tipos de situações que fazem você se sentir fora de controle – esses são os seus gatilhos. Quando você sabe quais são seus gatilhos, você pode evitar essas situações ou gerenciá-las melhor.

Reconheça a mudança em você mesmo quando estiver "descendo" com uma crise emocional. Não negue e nem se sinta culpado. Em vez disso, assuma o controle de si mesmo imediatamente. Faça mais exercícios: caminhe, jardine, ande de bicicleta, nade. Você pode não sentir vontade, mas o exercício é um dos melhores inibidores e preventivos da ansiedade e depressão, além de acalmar o estresse.

Faça uma lista: Coisas que gosto de fazer (escreva uma lista de coisas que fizeram você se sentir feliz no passado)

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etc.

Pessoas para quem posso ligar (escreva uma lista de seus apoios atuais)

Nome(s) e número de telefone.

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E o mais importante... NÃO DESISTA!!

07 abril, 2023

Aiko Araki

Bem, como estarei reformando meu blog e se aproxima o aniversário da minha baixinha e como tudo têm um porquê na vida... Por que Aiko?

Aiko, ou Ai, como seria conhecida pelo resto de sua vida, quando adolescente, perdeu a visão ao longo de algumas semanas. Os médicos não tinham um diagnóstico. Como crente em Tenrikyo, uma seita do xintoísmo, a religião tradicional do Japão, Ai teve a certeza de que, por meio de um hinokishin (ato de gratidão), ela poderia recuperar a visão. Mas depois de doar todo o seu dinheiro e posses, ele ainda não conseguia enxergar. Ai então tentou tanno (aceitação alegre) para lidar com sua perda de visão. Mas ela não conseguia encontrar a paz. A jovem pensou seriamente em acabar com sua vida.


De alguma forma, ela conseguiu seguir em frente e a vida começou a sorrir para ela, por um tempo. Um trabalho tradicional para cegos no Japão é a massagem terapêutica, e Ai estava determinada a se educar na arte. Ela ganhou fama como massoterapeuta e também como professora em uma escola para cegos. Algum tempo depois de seu aniversário de vinte anos, ela se casou com um homem chamado Araki. Eles tiveram um filho e logo depois seu marido morreu de tuberculose.

Parecia que Deus havia se esquecido da jovem mãe viúva e cega, mas não. Com o início da Primeira Guerra Mundial, Ai conheceu Hide Kuniya, uma das primeiras pessoas em seu país a ser batizada e se tornar pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Um pioneiro impressionante, Kuniya iniciou o trabalho adventista na Coréia. Como centenas de outros, Kuniya levou Ai a Jesus. Ela foi batizada aos 26 anos e começou a trabalhar para a igreja como instrutora bíblica.

Ai se tornou uma pescadora de almas incomum. Uma de suas técnicas favoritas era levar a Bíblia aos vizinhos e pedir que a lessem para ela. A perspicaz Ai sempre escolhia uma passagem particularmente comovente e, depois de lê-la, o interesse de seus vizinhos aumentava, uma conversa começava e Ai os conduzia a Cristo.

No período entre guerras, Ai tornou-se uma importante líder na ilha de Kyushu, um missionário licenciado e membro do comitê executivo da Missão de Kyushu. O crescimento neste país não cristão nunca foi explosivo, mas o progresso foi constante.

No entanto, uma guerra mais devastadora se aproximava rapidamente no horizonte, destinada a abalar não apenas o planeta, mas também a frágil presença adventista no noroeste da Ásia. No verão de 1937, o Japão invadiu a China, iniciando assim a guerra na frente do Pacífico. Com o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, o mundo de Ai começaria a se aproximar dela novamente. A paranoia do governo se manifestava na vigilância de todas as reuniões privadas, principalmente das igrejas cristãs, vistas como estranhas e suspeitas. O adventismo, em particular, era visto como uma exportação americana, e depois que o imperador Hiroshito (Japão), Benito Mussolini (Itália) e Adolf Hitler (Alemanha) assinaram o Pacto Tripartite no final da década de 1940, missionários adventistas estrangeiros foram declarados no Japão como "personas non grata". No início de 1941, a Conferência Geral retirou todos os seus missionários desta nação.

As coisas pioraram. Embora Ai compartilhe discretamente as verdades das Escrituras, a presença oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi quase completamente erradicada no Japão no início de 1943. Uma das principais razões para isso foi a ênfase da igreja na Segunda Vinda de Jesus, que desprezava o culto do imperador e o reinado da casa imperial. Em 20 de setembro de 1943, o governo prendeu 42 líderes adventistas em todo o arquipélago japonês. Com a maioria dos líderes adventistas presos e menos de 1.300 membros, parecia que o adventismo no Japão havia recebido um golpe mortal. Ai estava entre os presos, pois há mais de 25 anos divulgava o adventismo no país.

A Preciosa Bíblia em Braille da Ai foi apreendido pela polícia. Ela foi minuciosamente interrogada, mas devido à sua cegueira, baixa estatura e aparência serena, ela foi libertada após receber a ordem de nunca mais falar sobre o cristianismo. Naquela manhã de setembro, esta mulher deixou a prisão sozinha, sem ter para onde ir (sua casa havia sido destruída por ataques aéreos), sem nada para comer, com muitos de seus irmãos presos e com as portas de sua modesta igrejinha acorrentada.

Como sempre fazia em sua vida quando enfrentava tempos turbulentos, Ai perseverou. Ela procurou os crentes dispersos e aterrorizados em sua cidade natal, Kagoshima. Com os líderes presos, ela se tornou pastora, presbítera, diácono e tesoureira, visitando todas as casas e apartamentos, orando, encorajando e torcendo. A declaração que ela havia feito anos antes “Minha vida está sempre cheia de oração. Na verdade, minha vida é a oração”, era mais verdadeiro do que nunca.

Ai reuniu cerca de 40 adventistas em sua cidade natal, um porto marítimo. Sua própria presença foi considerada como um raio de bravura para eles. Sob sua liderança durante aqueles anos impossíveis de guerra, sua igreja, aqueles 40 crentes, não perdeu um único culto de sábado. Num sábado reuniam-se em florestas montanhosas, noutros em parques ou cemitérios, onde as reuniões não levantavam suspeitas. Em todas as reuniões, a pequena figura de Ai podia ser vista, enrolada em cobertores durante o inverno ou sob um guarda-chuva no verão. Ela sempre foi caracterizada por uma determinação paciente que era mais forte do que todo o poder das nações em guerra.

Periodicamente, Ai e seu grupo de crentes ouviam que um prisioneiro adventista havia sido morto ou que alguns membros haviam sido mortos em bombardeios. Quando as bombas atômicas explodiram em Hiroshima e Nagasaki, a nação de Ai parecia estar à beira da extinção. Mas ela sempre continuou cuidando de seu rebanho. Quando a guerra terminou, um quarto dos adventistas no Japão estava morto ou desaparecido. Mas todo o grupo de Ai estava intacto e foi a única congregação a sair ilesa da guerra.

Pouco depois do fim da guerra, Ai relatou que 14 novos convertidos haviam sido batizados em sua congregação. O reino de Deus durou mais do que os reinos mais poderosos deste mundo. Era pequeno, parecia sofrer perdas, mas não podia ser derrotado. Quando a última bala ecoou à distância, sua Verdade marchou para frente.

19 março, 2023

Ampulheta

Ampulheta

Os anos revelaram uma vida abençoada como esposa solidária, mãe adorável e diretora financeira de sucesso. Mas ela estava implorando para se sentir como uma ampulheta ficando sem areia, então ele chega e a vira de volta.

Agora... Era tudo sobre ela. Um renascimento, um recomeço do ciclo de sua sexualidade para celebrar.



16 março, 2023

Adultério

Seu anel de casamento, um símbolo de compromisso, uma promessa, um voto falado na frente de amigos... Agora uma requintada promessa quebrada por causa do despertar de um sexual tabu.

09 março, 2013

Último Adeus!


Mãe, eu vou sentir a sua falta. Ah vou. Não consigo descrever a dor que sinto por você ter partido. Só quem perde a mãe sabe o que é que estou sentido. A cada dia que passa, me sinto mais sozinho nesse mundo. Triste é imaginar que, pelo menos nesta vida, eu não vou mais te ver. Nossa, você sofreu demais, nunca vi tamanho sofrimento na vida. Lutou demais para viver, algumas pessoas se entregam, outras brigam ferozmente contra o inevitável. Você pertencia a ala das teimosas! Lutou muito para que a vida fosse cada vez mais agradável e não esse sofrimento permanente.

Os gregos, quando criaram o teatro (a tragédia), acreditavam que a vida era, definitivamente de sofrimento, e que a felicidade era coisa passageira, ou seja, a vida é feita permanentemente de sofrimento, a felicidade, quando temos, é coisa passageira. Não sei se você acreditava nisso, mas eu sei que você se esforçava ao máximo para transformar cada momento de dor em um momento feliz e sem sofrimento. Eu sei disso. Eu percebia que você estava sempre querendo ser feliz e viver.

Os últimos meses foram os piores para você. Você sofria demais, sentia dor demais, já não tinha mais prazer em viver, era brutal ver o quanto de dor você passava diariamente. Quando a vida se torna pior que a morte, o melhor é deixar que ela acabe o seu curso, esse sofrimento tinha que ter um fim, de qualquer jeito. O teu sofrimento acabou e o meu foi junto de te ver sofrer, agora iniciou outro tipo de dor. A dor da perda, da sensação de que existe um vazio que nunca mais alguém poderá preenchê-lo, e através das lágrimas, do coração apertado, é que sinto o vazio dessa nova dor. Da dor de quem perde o amor diário e reconfortante que somente uma mãe sabe doar!

Hoje eu tenho certeza de que você não sente mais dores, não sofre mais, você finalmente conseguiu descansar, depois de sofrer tanto. Eu, se estivesse no seu lugar não aguentaria muito tempo, já teria desistido da vida. Mas você não. Você foi valente, aguentou um fardo pesado demais. Nunca tinha visto isso. É por isso que eu te tenho como minha heroína, meu exemplo de vida e de luta. Você é uma vencedora e a morte não é o fim, e sim o começo... Mãe eu te amo!

09 julho, 2012

Pensamentos ao Relento! III


Amor e trabalho são os pilares das coisas que faço. Tem gente que coloca mais ênfase em um ou em outro, para mim os dois são fundamentais se estiver bem nos dois, estou bem. Não acho felicidade algo difícil de conquistar, geralmente as pessoas acham que para ser feliz é preciso realizar todos os nossos desejos, o que é impossível. Você nunca vai conseguir isso, sempre vai estar querendo mais. Pra mim felicidade é a coisa do equilíbrio mesmo, de você buscar o que quer e desfrutar o que tem. Quando você consegue trabalhar no que quer e gosta, e tem ao lado uma pessoa que realmente é importante para você, é maravilhoso, mas felicidade não é um momento especifico. Você pode estar brigado com a pessoa que você gosta e estar atravessando um momento ruim no trabalho, mas você sabe que aquelas coisas são mais ou menos estáveis e importantes na sua vida. Porém isto não vai evitar que tenha momentos de depressão.

Tem uma coisa que aprendi com a maturidade: quando você é jovem, é muito impetuoso, quer tudo ao mesmo tempo e acaba não conseguindo se aprofundar em nada, se você se prende a alguma coisa, logo acha que esta perdendo um montão de outras, ai fica querendo liberdade, não quer uma pessoa só porque acha que vai estar perdendo a outra. Enfim, você trata tudo de forma muito superficial, em consequência, você se trata também muito superficialmente. Para mim a ideia de felicidade inclui se dedicar mesmo a alguma coisa, é mais se dar valor do que dar valor às coisas, por isso acho o relacionamento a dois muito importante. Tenho como exemplo o meu relacionamento com a Débora, que é completo, pois não é só a nível pessoal, é profissional também. Por exemplo, é ela quem da orientação estética e visual a ele. A Débora contribui mesmo e não se importa com comentários do tipo "você esta vivendo a vida dele", porque ela tem a vida dela, de modelo, de produtora de moda. Por outro lado ela quer organizar a casa, ver o marido bem, administrar a vida do casal, coisas que as mulheres não estão se permitindo mais com essa historia de liberação, não estou adotando nenhuma posição machista, é que essas coisas elas fazem muito melhor que os homens.

Esses dias uma amiga me perguntou: "quer dizer que você acha legal a mulher viver só para seu homem?" Eu respondi: "Claro, mas desde que ela queira, a opção é individual". Acho que é possível se ter um meio-termo, isto é, ter uma vida independente e ao mesmo tempo voltada para o casal. Nós temos uma relação superintensa, diferente das que normalmente os casais têm, se uma coisa não da certo para mim, não da certo para ela também, às vezes ela se importa mais do que eu, ela se toca com coisas minhas que passam a ser dela também, ela esta vivendo comigo tão intensamente que tem todo direto de participar disso. Eu nunca imaginaria que viveria uma relação tão forte com alguém, achava que uma relação tinha de ser uma coisa separada da vida profissional, por exemplo, e a Débora me mostrou outra coisa, assim como a ideia que eu tinha sobre o casamento de papel passado e tudo, já que eu dizia que eu nunca ia ser besta de cometer essa "loucura". Hoje chego à conclusão que morar junto, todo mundo mora, assim como namorar, transar... Já casar é superdifícil e confesso que nunca tinha pensado nisso dessa forma. Acho que hoje é preciso ser meio herói para amar, para segurar uma relação (a rotina e a convivência diária com uma mesma pessoa). O que sei é que casando, mesmo que eu me separe da Débora daqui a um tempo (tudo pode acontecer na vida das pessoas, né?), ela vai ficar para mim como algo super especial. Eu sou uma pessoa muito difícil para se conviver, ambos temos personalidade forte e atitudes diferentes, tem horas que dá maior confusão. O que é preciso é saber se adaptar ao outro, perceber de verdade que o outro não é a pessoa dos seus sonhos, por que se for, vai ser muito chato, ai, nada te ameaça, não há crescimento. Sinto que mudei muito por estar ao lado dela e ela ao meu, também.

13 abril, 2012

Ela só quer Atenção

Em mais uma passagem rápida por aqui, porém sou jovem e tropecei algumas vezes em relacionamentos por cometer o mesmo erro o qual muitos sempre cometem.

Então numa das minhas "navegações" na net, encontrei um poema do qual quis compartilhar, já que trata de uma coisa que muitas pessoas não notam que faz falta que é a atenção, contrariando a maioria que diz que mulher só quer dinheiro continuo acreditando que mulher é uma benção, pois quando se encontra a mulher ideal, encontra também a melhor amiga, companheira, cúmplice, irmã, (mãe, filha, em alguns casos), etc.

O texto é um poema de autoria de André Vasconcelos dono do blog  Pensamentos, Realidade, Poesias e sem mais delongas, vamos a ele:



Ela só quer atenção.
Quer uma relação.
Onde não exista diminuição.

Ela só quer ser bem tratada.
Sem xingos falta de respeito
Sem faca.

Ela não quer ser espancada.
Chutada, ferrada humilhada.

Ela só quer atenção.
Beijos na boca em qualquer
Direção.

Ela quer se sentir.
Desejada.
Tratada como uma rainha.
Nas ações e nas palavras.

Isso é um fato.
E mesmo que falte comida no prato.
Ela estará firme, pois o amor não há descaso.

Ela só quer atenção.

Ela quer que na rua eu pegue em sua mão.
Ela quer que eu levante pra ela sentar no buzão.
Ela só quer atenção.

Que na sua gravidez.
Eu venha sorrir e dizer.
Estou com vocês.
Ela não gosta de estupidez.

Ela só quer atenção.

Quer responsabilidade.
Às vezes irresponsabilidade.
Ela gosta de liberdade.
Detesta o mau caráter.

Ela dominou meu coração.
Eu sempre soube o que ela quer.

Ela só quer atenção.

15 novembro, 2011

Quem transforma as mulheres em galinhas... São os próprios homens.


Tudo bem. Queremos meninas legais, sexys, taradas, bonitas, inteligentes e boazinhas... Muito fácil falar, pois quando aparece uma assim, de bandeja, a primeira coisa que a gente pensa é: Oba, eu me dei bem. Ficamos com elas uma vez, duas, começamos a pensar que essa é a mulher que as nossas mães gostariam de ter como noras. Se sair um namoro, vai ser uma relação estável. Você vai buscá-la na faculdade, vocês vão ao cinema, num barzinho, vai ter sexo à semana toda... Tudo básico, até virar uma rotina sem graça...

Você vai olhar os caras bem vestidos e bem humorados indo pra noite arrasar com a mulherada e vai morrer de inveja (sem saber que eles estão morrendo de inveja do seu relacionamento, da sua namorada superiormente interessante comparada as meninas da night). Vai sentir falta de dar aquelas cantadas infalíveis na noite, falta de dar umas olhadas pra uma gata, ou de dar aquela dançadinha mais provocativa na pista... Você pensa: Acho que não estou pronto pra isso, pra me enclausurar para o resto da vida nesse namoro. E a boa menina se transforma numa "MALA", e aos poucos vai surgindo um nojo dela, uma aversão. Quando você vê o nome dela no celular não dá vontade de atender, você pensa: NÃO TÔ MAIS AFIM, NÃO GOSTO MAIS DELA, JÁ ERA.

Daí aquela promessa de vida estável vai por água abaixo a menina não se dá conta, a gente começa a ser grosso, muito grosso. A pobre menina pensa: O que eu fiz? Não sou bonita, legal, inteligente, companheira, boa o suficiente? Será que há outra? Será que da para confiar? Coitada, ela não fez nada, e a culpa é nossa mesmo (temos medo de enfrentar as dificuldades e as privações do mundo de solteiro. Temos medo de nos prendermos de verdade aquela menina boazinha que temos certeza que seriam capazes de suportar qualquer coisa para nos fazer bem).

GRANDE ILUSÃO. Você chega em casa depois da balada, sozinho e fica tentando descobrir porque você não está satisfeito (porque mesmo estando com outra no lugar da boazinha sempre há uma questão: será que troquei o certo pelo duvidoso?) Ah! E pensa: De repente foi porque a menina da night, a linda, gostosa, misteriosa, ficou contigo, passou a mão, rolou algo mais, mas você no interior ainda está insatisfeito sem saber direito qual a razão, bom você diz: vai ver não estava muito inspirado, a cerva não era bem gelada, a galera não estava muito na pilha, foi uma situação ocasional, sei lá, mas tenta arranjar um motivo para a tal insatisfação interior.

FRUSTRAÇÃO. Daí, por mais que você não queira, você pensa de algum modo, na sua menina boazinha que você deixou pra trás... (mas não admitindo muito, querendo fugir do tal pensamento, achando que é apenas um momento, que vai logo passar). Aí, a gente volta para a nossa vidinha, que a gente odiava até semanas atrás, os amigos são os mais novos possíveis, a gente tenta se afastar da monótona vida que estávamos levando antes. Essa nova "mina" e essa nova galera trata a gente como se fossemos maiorais, e a gente faz tudo pra estar perto dessa nova vida tentando desesperadamente apagar a vida anterior. Alias, neste ponto, a gente tenta realmente apagar tudo que nos prende a menina boazinha, até falar com ela é uma coisa intolerável. A gente não vê a hora de sair, esquecer e arrasar na noite com a galera.

Enquanto isso, a boa menina, chateada, lesada, custa a entender o que ela fez pra ter te afastado dela... Daí essa dúvida vira angústia, ressentimento, que vira raiva. Aí a menina manda tudo pra puta que pariu... Não quer mais saber de nada, só de sair beijando muitos caras. Resolve não se envolver mais, para não sair lesada, chutada, humilhada ou chateada... Muito bem, acabamos de criar uma monstra (por mais inteligente que ela seja, é inevitável, mecanismo de defesa. Ninguém vive decepções amorosas mais de uma vez na vida). O tempo passa e a gente continua na mesma... Volta a reclamar da vida e das mulheres. Elas só querem as coisas com homens cachorros e não estão nem aí pra nós.

Atenção: Elas são assim por culpa nossa. A mulher vulcão da night de hoje, era a boa menina de outro homem ontem e assim sucessivamente. Provavelmente, essa nossa ex-boa menina, deve estar enlouquecendo a cabeça de outro homem por aí... E eu a perdi para sempre, ela virou uma mulher enlouquecedora e a encontrei na balada e nem olhou para mim.

10 setembro, 2011

Homens, Mulheres, Sexualidade e Consumismo

Mulheres obsessivamente consumistas exercem livremente sua vaidade porque se excitam ao provocar o desejo masculino. Elas fazem uso de todos os recursos conhecidos com este intuito: cuidar do corpo, do peso, da pele e dos cabelos.

Para tanto, são estimuladas por uma publicidade que sempre promete melhores resultados no processo de sedução. Passam, assim, a desejar os objetos capazes de aumentar seus poderes: sapatos provocantes, trajes de praia que exibem o máximo do corpo bem trabalhado pelos exercícios físicos praticados com o máximo afinco, roupas de noite decotadas que exibirão seus seios recém "reformados" e assim por diante.

A maioria delas não deseja especificamente os homens, mas se excita muito ao provocar o desejo deles, de modo que anseia pelos objetos e recursos capazes de aumentar o prazer que deriva do bom resultado aos olhos deles. Surge assim um enorme apetite consumista pouco conhecido há algumas décadas, em parte até por falta de objetos a serem consumidos.

A vontade de comprar adornos capazes de ativar ainda mais o desejo masculino é um importante fator de excitação para as mulheres. Elas sentem atração por tais objetos, ou seja, querem ser apropriar deles, tê-los próximos do corpo. É evidente também que o desejo de aquisição de bens de consumo transbordou de longe esse aspecto da psicologia, de modo que foram agregados bens que definem status e condição social, tais como bolsas, relógios e outros objetos que provocam pouco interesse nos homens, mas despertam a inveja das outras mulheres.

Certamente estamos assistido a um significativo aumento do consumismo também por parte dos homens, empenhados em uma disputa que envolve principalmente os chamados "bens de posição" na escala social.

06 julho, 2011

Qualquer truque contra a emoção...


"Garotos perdem tempo pensando/ em brinquedos e proteção/ romance de estação, desejo sem paixão/ Qualquer truque contra a emoção..." Se lembram dessa música? Provavelmente os mais novos não vão lembrar, mas essa é do Leoni e Paula Toller se não me engano, se chama Garotos e foi cantada pelo Kid Abelha nos anos 80. Mas enfim eu estava ouvindo essa música e fiquei pensando: em pleno 2011, quantas pessoas ainda escondem uma incrível capacidade de amar, atrás de uma proposta de não se entregar, não se envolver.

Esse lance de ficar perto, mas não se ligar totalmente, de levar um relacionamento de preferencia sem consistência, ou seja, não ficar afim para não dançar, me faz pensar se de repente, é como se essa coisa de se apaixonar pra valer fosse historia de folhetim. Vai ver que é. Afinal nesses tempos de computador, smartphones, talvez o lance seja mesmo jogar no HD do computador um pacto implícito de esquecimento.

Muita gente acha que a solução é acionar o controle remoto e localizar no DVD da existência aquelas amizades hiper coloridas, que você liga e desliga quando quer. Estou falando nesse tom meio irônico, não porque seja contra se ter um coração com todas as cores do arco-íris, até acho que é assim que a gente aprende a ser. O que me preocupa neste tipo de "romance de estação" como diz a música, é que por ele ser tão rápido, ele não se cristaliza, não adquire forma e nem apura o sabor. Fica uma coisa assim nem quente, nem frio, nem inverno, nem verão. Eu sou mais o direito de chorar de amor, morrer de amor, viver de amor, acho até que já deu pra sacar, em outra palavras, que sou um cara romântico.

Mas falando sério, o que se percebe é que essa liberdade total, hiper desejada, fica tão completa que até muda de nome e passa a se chamar solidão. Você concorda?
E nessa matemática dos sentimentos, o que me incomoda é a perda da coisa mais emocionante do desejo, que é desejar com emoção.

Uma vez estava com 3 amigos, que são considerados 3 caras chocantes (no antigo sentido da palavra, algo que choca ou desagrada), são 3 "garotos-transas" que só encaram mulheres como objetos e fiquei pensando o que se passa na cabeça daqueles 3 afoitos "garanhões". Será que o esforço de uma geração que batalhou para revolucionar os costumes, que acreditou ter descoberto um jeito de gostar livremente (se não entendeu pergunte aos seus pais, avos como eram os relacionamentos de antes ou procure saber sobre os hippies que tiveram na década de 70, muita influencia aqui nos costumes do Brasil), será que tudo isso só serviu para a gente acabar nesse amor com gosto pasteurizado de hambúrguer?

Garotos (e garotas) perdem tempo pensando, exercitando o jogo de não se dar realmente, de forma completa e total. O que sobra é essa anulação de sentimentos. Será que não vale a pena deixar crescer essa erva daninha e danada que é a paixão? Garotos (e garotas) insisto, não se envolvem para não ter que sofrer. Cá entre nós, prefiro ter o coração partido de tanto amar a esses zumbis de outono perdidos na solidão da cidade. Para mim, se envolver totalmente é o melhor jeito de mergulhar nesse mundo secreto e maravilhoso que existe em cada um de nós.

As pessoas (em sua maioria) preferem quantidade, eu prefiro qualidade e intensidade!! Como diz a canção "garotos perdem tempo pensando", eu também adoro perder tempo pensando nos sentimentos e na maneira de sentir das pessoas, mas ainda acho que qualquer truque vale na hora de recuperar a emoção. E você?